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Tour Salar de Uyuni – 1º dia

A viagem de três dias é feita sempre entre os 4 e os 5 mil metros de altitude. Respirar custa, o ar não entra. O sol queima, mas o frio queima bem mais. A pele está seca e o nariz e os lábios em ferida. A digestão é lenta. A cabeça parece que vai explodir.

Mas este lugar é mágico: o silêncio, a imensidão, a novidade, o desafio, o calor do sol, o calor do frio, o calor das cores… a beleza rústica e fria deste lugar eleva-nos para um estado em que nos sentimos em pleno parte da Natureza, da Terra, do Ar e do Sol.

O primeiro dia é o mais complicado, por ser o primeiro, por não estarmos habituados à altitude elevada, mas também porque, de todos, é aquele em que realmente estamos mais alto!

Ás 7:30 da manhã estávamos à porta do Hostel em San Pedro de Atacama, prontos para começar a nossa aventura. O autocarro chegou e levou-nos para a fronteira com a Bolívia, onde trocamos para um jipe e formamos o nosso grupo de 6 pessoas: um casal de Holandeses da nossa idade, a Noelle e o Jan, e um casal de Espanhóis, a Ana e o Angel. O nosso guia era um Boliviano, muito calmo e muito calado, chamado Juny.

Começamos logo a subir e a sentir os efeitos da altitude, principalmente na dificuldade em respirar e no frio que fazia! Visitamos a Laguna Blanca e a Laguna Verde logo de seguida: de corta a respiração! Paramos numas Termas para tomar um banho de água bem quente! Banho que, na realidade, seria o único do dia! As termas ficam num lugar místico, não dá vontade continuar a viagem, mas lá fomos nós visitar os Geisers, que eram bem diferentes daqueles que vimos no Chile! Fomos deixar as nossas malas todas, que estavam em cima do jipe, no Hostel onde íamos passar a noite, almoçamos, e fomos visitar a Laguna Colorada. Nesta etapa da viagem os efeitos da altitude eram muito mais evidentes: muita gente se sentiu mal, havia uma má disposição geral, como se a comida não digerisse, e o frio era cada vez maior. Mas as cores da Lagoa conseguiam fazer com que tudo isso ficasse para segundo plano! O Hostel onde ficamos não tinha rede, não tinha água quente, nem sequer chuveiros: estávamos no meio do nada, mas não podiamos estar melhor!

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