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Machu Picchu

Há muitas formas de ir até Machu Picchu: desde comboios e autocarros caríssimos, autocarros baratos de muitas horas, o tradicional Inca Trail (que tem que ser reservado com meses de antecedências) até ao turístico Inca Jungle Trail! Ou seja, para todos os gostos e carteiras! Mas na realidade o que importa é lá chegar, muito mais que o caminho que fazes.

Nós optamos pelo Inca Jungle Trail. É um trail de 3 noites que nós estendemos para 4 (já explicamos porquê). A primeira manhã começa com a descida de bicicleta, durante 3 horas, do Vale Sagrado dos Incas! É um percurso bonito e bastante fácil de fazer, mas perigoso, tal como todas as estradas Peruanas. Depois do almoço fazemos Rafting no Rio Urubanba, ou Rio Sagrado, e esta foi a experiência que mais gostamos!! É incrível e super divertido! O rio é um 3+ numa escala de 1 a 5 e a adrenalina é imensa! O segundo dia é só de caminhada, começa cedíssimo e acaba 8-9 horas depois numas termas! É o dia mais cansativo, mas o caminho é relaxante e entusiasmante: caminhamos por um caminho Inca no topo de uma montanha, conhecemos os vários alimentos plantados pelo Vale Sagrado, visitamos algumas aldeias e ficamos a conhecer muito da tradição Quechua e Inca. No ultimo dia antes de chegar a Machu Picchu começamos por fazer 5 Zip Lines enormes que atravessam duas montanhas! Durante a tarde voltamos a caminhar durante 3 horas, pela linha de comboio, da Hidroeléctrica até Águas Calintes, o poblado que fica no sopé da montanha Machu Picchu! O já acumulado cansaço do percurso, não fazia esconder o entusiasmo que era ver, bem bem ao longe, algumas das construções da mítica cidade escondida dos olhos do mundo durante centenas de anos! E fazia-nos pensar o quão entusiasmante terá sido redescobri-la, tantos séculos depois de “perdida”.

O dia seguinte, o dia a visita a Machu Picchu!, começou ás 4 da manha e ás 5 já estávamos a subir as escadas que dão acesso à cidade. Chegar a Machu Picchu tira-nos a respiração, não só porque subimos 2000 mil escadas em menos de uma hora, mas principalmente por sentirmos a história, a sabedoria, o conhecimento, a beleza e a imponência que tem a cidade onde estamos. Há 500 anos atrás os Quechuas, agora chamados de Incas, estavam a construir uma Universidade, no topo de uma montanha de tal forma que a própria cidade faz parte da montanha, tal como uma árvore faz parte da terra onde nasce. A cumplicidade entre o Homem e a Natureza era tanta que é difícil distinguir quando acaba a obra de um e começa a de outro. Machu Picchu faz-nos respeitar e admirar uma cultura que valorizava a Terra, um povo que conhecia e venerava o sol, os animais, as montanhas… no fundo, um povo que conhecia a Natureza e sabia o seu papel como fornecedora de Vida! Papel que nós agora, 500 anos depois, começamos novamente a aprender e a respeitar. Temos muito a aprender com este povo, e é um privilégio poder ter estado ali, naquele pedaço de história que eles conseguiram, com tanto esforço e sacrifício, proteger e esconder dos espanhóis!

Resolvemos estender mais um dia a nossa estadia em Águas Calientes para pudermos aproveitar ao máximo a nossa estadia na cidade de Machu Picchu. Para além de serem necessárias várias horas para explorar a cidade em si, ainda é possível subir à montanha de Machu Picchu ou à montanha de Wayna Picchu! Nós não subimos a nenhuma das duas mas fomos até Puerta del Sol!

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